Inteligência é aprender com os próprios erros, sabedoria é aprender com os erros dos outros. Infelizmente isso não é algo utilizado por nosso governantes em todos os países do mundo, em especial no Brasil.
Estamos vendo o caos da Europa, boa parte em função do envelhecimento da população e de políticas assistencialistas adotadas há anos atrás, que estão frutificando hoje. Por exemplo, agora a Grécia está demitindo servidores e aumentando a idade média de aposentadoria, pois o país está quebrando. É lógico que há corrupções diversas aliadas a esses fatos, mas o fator "governo-mãe" com certeza está pesando muito nesses países protagonistas desta crise (Portugal, Espanha, Itália e Grécia).
Os governos não devem ser uma "grande mãe". A ideia de que os governos são obrigados a solucionar, prover e até mesmo planejar nossas vidas, como no caso da aposentadoria, é algo no mínimo infantil. Quanto mais o governo "inchar", pior. Quanto mais empresas públicas e quanto mais "obrigações" para o governo, pior! Os governos deveriam privatizar ao máximo e se tornarem especialistas em fiscalizar, legislar e investir de maneira adequada e equalizada os impostos que arrecadamos, principalmente na áreas de infra-estrutura e de maneira gritante, muito urgente, na EDUCAÇÃO. Enquanto nossas crianças não aprenderem a planejar, a vislumbrar um futuro, a lidar com dinheiro e principalmente a lidar com seu próprio psiquismo aprendendo noções básicas de altruísmo, estamos perdidos. E estou aqui me referindo a todos os países do globo, não somente ao Brasil. Na minha visão já é possível definir a Europa um bairro daqueles mais antigos, no globo, enquanto nós ainda somos um loteamento recente, mal planejado e com um síndico ladrão. Mas de qualquer forma, as opiniões e principalmente as atitudes por mais singelas que sejam, não afetam somente a nossa vizinhança.
Neste bairro Tupiniquim sim, estamos vendo o que ocorre com os outros bairros do globo do alto do camarote da democracia, mas a população em geral parece cega, surda, muda e sedenta de assistências diversas; gosta de tratar o emprego público como uma eterna "teta" e não perde uma oportunidade de fraldar o fundo de garantia; faz qualquer coisa para se aposentar, mesmo tendo plenas condições de trabalhar; adora algum tipo de benefício, seja de algum bolsa esmola do governo ou de algum gabinete político; trata favores como uma moeda corrente e para cada prefeitura existe uma tabela de propinas, já banais, tudo muito bem ostentando pelo orgulhoso (e nojento) "jeitinho". E caso você não tire vantagem de tudo compulsivamente ou não concorde com essas atitudes descritas neste parágrafo, saiba que você é considerado uma aberração.
O pior é que o Brasil evoluiu muito em virtude das reformas econômicas, bancárias e cambiais plantadas há mais de uma década atrás, porém nos últimos dez anos nosso governo não plantou absolutamente nada a não ser assistencialismo. O que colheremos nessa próxima década?